segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Guerra do Peloponeso - Grécia Antiga




A Guerra do Peloponeso


           As denominadas Guerras Médicas, sem dúvida, uniram as cidades gregas com um fim comum, destruir o invasor de suas terras, o Império Persa. Após uma série de batalhas que ameaçaram o mundo helênico, o objetivo foi conseguido; a vitória foi obtida pelos gregos. Frente a possíveis novas ameaças, os gregos formaram duas poderosas alianças para se protegerem; a primeira, a Liga de Delos, liderada por Atenas, e a segunda, a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta. Cada liga agrupava um número considerável de cidades-Estados e tinha o propósito fundamental de organizarem exército e marinha para a proteção de possíveis novos ataques, seja dos persas ou de outros povos.
         O plano de unir forças com outras cidades foi, a princípio, uma ideia brilhante, porém inesperadamente desencadearia uma guerra que duraria em torno de trinta anos, desde 431 a.C até 404 a.C., a conhecida Guerra do Peloponeso.
           Esta luta de poderes teve sua origem quando a cidade de Corinto, pertencente à Liga do Peloponeso, inicio uma disputa contra Corcira, cidade que não integrava nenhuma das alianças defensivas e via sua colônia de Epidamno, na costa da Ilíria, ameaçada por Corinto.  Para evitar a vitória de Corinto e o aumento do poderio da Liga do Peloponeso e de Esparta, Atenas resolveu apoiar Corcira. Por isso a Liga do Peloponeso se viu obrigada a intervir e iniciar a guerra.
              A Guerra do Peloponeso, em sua primeira fase, não durou muito devido a Atenas ter sido assolada por uma peste no ano de 429 a.C. e, por estar debilitada, permitiu o avanço espartano e sua posterior vitória. Vendo que não havia muitas alternativas, Atenas firmou a paz com Esparta no ano de 421 a.C.
            Anos mais tarde, em 415 a.C. Atenas voltou a provar sua sorte, desta vez avançando sobre a cidade de Siracusa, também pertencente à Liga do Peloponeso, logrando uma segunda derrota no ano de 413 a.C. e permitindo que o poder de Esparta continuasse crescendo, sobretudo, graças ao apoio dos persas, seus antigos inimigos, que aproveitaram o conflito interno da Grécia para recuperar terras que haviam perdido nas Guerras Médicas.
        A derrota definitiva de Atenas ocorreu em 405 a.C., frente às estratégias dos Espartanos de dominarem o Helesponto.
              Desta forma, Esparta obteve o poder total, erradicou a democracia e impôs sua forma aristocrática de governo. Posteriormente, Esparta teve que enfrentar outra cidade grega, Tebas, que lhe impôs importantes derrotas, abrindo caminho para que Felipe II da Macedônia dominasse todas as cidade gregas e encerrasse a independência dos territórios helênicos.


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