A Segunda Guerra Mundial
Publicarei, a partir de hoje,
uma série de textos que tratam sobre a II Grande Guerra, sobre seus principais
personagens, desdobramentos do conflito, seu fim e a reconstrução no
pós-guerra. Os textos serão acompanhados de imagens, links com vídeos
interessantes e elucidativos e também questões para serem respondidas e
entregues quando pedidas. O primeiro destes textos é sobre Adolf Hitler, figura
proeminente em qualquer debate sobre o grande conflito.
Os textos seguirão a ordem
abaixo:
Parte 1: Adolf Hitler, Partido Nazista e Ascensão ao Poder;
Parte 2: Violência, Consolidação do Poder e Crescimento
Econômico;
Parte 3: Expansão para o Leste, Desenrolar do Conflito e
Guerra Total;
Parte 4: Perseguições, Racismo e Fábricas da Morte;
Parte 5: Destruição, Derrota e Vidas nos Escombros.
Parte 1:
I –
Adolf Hitler
Na historiografia há um debate
sobre se existe a possibilidade real de uma pessoa ser tão importante a ponto
de mudar ou determinar os rumos dos acontecimentos históricos mundiais. Este
debate é bastante pertinente quando se fala de Adolf Hitler, personagem
enigmático e controverso do século XX. Teria, a II Grande Guerra, sido tão
devastadora sem a existência deste personagem central do conflito? Teria mesmo
ocorrido um conflito de proporções tão grandes caso Hitler não tivesse se
dedicado à política? Difícil chegar a uma conclusão.
Nascido na Áustria no dia vinte
de abril de mil oitocentos e oitenta e nove, sua infância não teve nada de
extraordinário e, ao que tudo indica, era mimado pela mãe e mantinha um
relacionamento um pouco conflituoso com o pai, Alois Hitler, homem bem mais
velho que a mãe de Adolf e com um passado um pouco obscuro, já que havia certa
dúvida quanto a quem era seu pai legítimo, tendo em vista que sua mãe (a avó de
Adolf Hitler) engravidou ainda solteira e não declarou quem era o pai da
criança na hora de registrá-lo. Este acontecimento seria mantido em segredo
durante o período em que Adolf Hitler esteve no poder, já que lhe causaria
grave problema o fato de não poder comprovar que era descendente legítimo de
alemães (existe, inclusive, a possibilidade de que o avô legítimo de Adolf
fosse um judeu chamado Frankenberger, família para a qual a avó de Hitler
trabalhava quando engravidou de Alois.
Na sua juventude, após a morte
de sua mãe, a quem era muito apegado, Adolf Hitler vai para Viena, então
capital do Império Austro-Húngaro, tentar a carreira de artista, pretensão que
acaba frustrada com a negativa da Academia de Belas Artes em admiti-lo como
aluno. Até o início da Primeira Grande Guerra, vaga sem destino certo por
Viena, pintando cartões postais e freqüentando a ópera, seu passatempo
preferido. Foi em Viena, na época uma cidade multicultural, onde provavelmente
ele adquire seu antissemitismo que era bastante comum por lá. Com a Primeira
Guerra Mundial, Hitler segue para Munique, onde se alista como voluntário do
exército imperial alemão e serve como cabo durante o conflito que se estende de
1914 até 1918 e termina com a derrota dos alemães e o humilhante Tratado de
Versalhes, que impõe clausulas bastante pesadas para a Alemanha, restringindo
seu exército, tirando territórios, fazendo-a pagar pesadas indenizações aos
países vencedores entre outras coisas.
A derrota no conflito, as
humilhações do Tratado de Versalhes e a consequente crise econômica e social
que se segue serão bastante traumáticas para a maioria da população alemã, que
passa a conviver com um clima de instabilidade que se prolonga por alguns anos
e que serve de pano de fundo para o aparecimento de movimentos ideológicos
radicais que pregam a vingança contra os vencedores do conflito e que prometem
um retorno da Alemanha ao que ela era no início do século XX. Adolf Hitler será
um destes inconformados que buscam vingança e pregam o radicalismo e o ódio
como cura para os males da sociedade (alguma semelhança com o que vivemos hoje
no Brasil?). Hitler, em especial, vocifera também contra os judeus, grupo que
para muitos teria traído a pátria alemã ajudando na sua derrota e por isso
foram utilizados como “bode expiatório”, levando uma culpa desmedida em relação
ao fim do conflito. É neste contexto que surge o Partido Nazista, assunto do
nosso próximo texto.
Hitler e sua sobrinha a quem supostamente amava. Geli Raubal cometeu suicídio em 1931, deixando o futuro Führer bastante abalado. |
O Führer durante desfile militar, tendo a sua frente Heinrich Himmler, chefe das SS e figura proeminente do partido nazista. |
Adolf Hitler e Eva Braun, sua companheira de muitos anos, com quem casou pouco antes de ambos cometerem suicídio em Berlim no final da guerra. |
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